sábado, março 11, 2006

The Adventures of Batman & Robin - Parte 2


Fowl Play

Veja o nome do jogo: The Adventures of Batman e Robin. As Aventuras de Batman e Robin, se você tiver tecla SAP no seu videogame.

Batman E Robin.

"É verdade! Cadê o Robin?", pergunta você.
"Achei que você não fosse perguntar nunca! Nessa fase ele finalmente dá as caras!", respondo eu.

Mas só nessa. Depois ele some e só volta a aparecer em diálogos com o Batman. Então se o seu personagem preferido da dupla dinâmica (É, dupla dinâmica é o caralho, eles são dois filha da puta!) é o Passarinho em vez do Morcego, você vai gostar desse level.

E vai odiar o resto do jogo. Mas aí é problema teu.

Enfim. Batman recebe uma mensagem do moleque dizendo que parece ter acontecido alguma coisa no museu, que ele tem a voz estranha e perguntando "Cê é meio viado?". Batman chama o guri de mal-agradecido, ameaça colocá-lo num colégio interno se ele não moderar o linguajar e avisa que está indo até o local verificar o incidente, mas que vai precisar que o Robin ajude, vestindo-se como mulher do Coringa, se fantasiando de viado.

Robin reluta, mas acaba topando.

No fim da conversa, Alfred se intromete e avisa ao Batman que é melhor levar todo o equipamento. Mas convenhamos: se Alfred soubesse mesmo das coisas, ele seria o Batman, enquanto Bruce Wayne não passaria de um reles Mordomo. Então sinta-se livre para ignorar a criadagem impertinente. O que você vai precisar levar mesmo é a lanterna. E só. O resto é opcional.


Logo no começo, Batman e o Robin se separam. Parece que os responsáveis pelo jogo não gostam muito do moleque e querem vê-lo pelas costas. Muito bom-senso da parte deles: quando se trata de homens de colante, deve-se seguir a regra dos Highlanders ("Só pode haver um!").

Assim que ele for embora, ligue a lanterna e vá em frente, evitando as bombas espalhadas pelo chão. Solte o sujeito amarrado no fim do corredor, que vai choramingar algo sobre ter sido atacado por uma criatura que lembrava um pássaro e te pedir pra salvar o segurança que deve estar preso no subsolo. Mas que bonito! Que beleza! Como é bonito o amor das pessoas.

Desça pelo elevador (o curioso é que falta luz no lugar, mas o elevador continua funcionando; e eu adoro apontar os furos do roteiro, deu pra notar?) e vá para o subsolo b. Lá na última sala você vai encontrar um guardinha amarrado. Solte-o e Robin vai aparecer junto com o curador.

Ele vai te dar uma chave mestra e dizer que existem mais quatro pessoas presas no museu. As localizações delas são randômicas, então não adianta nada te dizer onde as encontrei, pois no seu jogo elas estarão em salas diferentes. Nessa situação só posso te dar uma dica:

Se vira.

Logo depois que você salvar todos os reféns, procurando de sala em sala (não é difícil, mas é um saco), fale com Robin pelo interfone e ele vai tentar te dizer que já sabe quem atacou o museu. Mas, oras, Batman é o maior detetive do mundo e, para provar isso, atropela a fala do guri para mostrar que já desvendou o... cof, cof... mistério, que já sabe que é tudo obra do Pingüim. Não sei como o moleque aturou isso por tanto tempo! Não é à toa que virou o Asa Noturna!

No meio da conversa o Pingüim ataca o Robin, interrompe o papo e apaga todas as luzes de novo. E lá vai o Batman para a sala do gerador. Chegando lá o Passarinho está todo amarrado. Para um "super-herói", estar nessa situação deve ser tão humilhante que eu fiz questão de tirar um screenshot da cena:


Não vai te ajudar em nada com o jogo, apenas achei necessário eternizar o momento!

Bom, você solta o moleque, acende as luzes novamente (isso parece até minha infância, quando eu ia ver TV com meus irmãos e um queria a luz acesa, enquanto outro queria a luz apagada, e ficavam nessa punheta de interruptor até fulano puxar o cabelo de cicrano, cicrano morder o braço de beltrano, beltrano dar um soco nas costas de fulano, minha mãe entrar em cena e enfiar a porrada em todo mundo) e fica sabendo que o Pingüim levou o curador do museu para algum lugar. Um lugar que VOCÊ precisa encontrar. Quer saber onde é?

É aleatório de novo! Mais uma vez: se vira pra encontrar. =)


Ele vai finalmente te dar o código para entrar na exposição do segundo andar. Você vai até lá só pra encontrar Pingüim e seu Abutre de estimação (porque criar Pitbull é coisa de amador). Lutar contra o pássaro é mole. Tudo o que você tem a fazer é ficar abaixado e esperar ele investir. Assim que tiver espaço suficiente, levante-se e fique socando o bicho. Ele vai continuar mergulhando em direção aos seus socos, então não decepcione o pobre animal e soque-o sem dó.


Depois que ele morrer, suba as escadas pra descer um cacete naquele nanico que não aprendeu até hoje que vestir fraque e cartola é altamente démodé (que coisa de viado!). Não que um homem que veste colante possa dizer muito sobre moda, mas enfim.

Chegando no terraço, o Pingüim diz que vai te mostrar a nova invenção dele. E surge um... helicóptero. Eu achava que o responsável pelos esboços dessa máquina era Leonardo da Vinci, mas, afinal de contas, o que é que eu sei? Pelo menos há uma vantagem: o italiano tá morto desde o renascentismo, então não teria como processar ninguém por reclamar a autoria da obra dele.

Esse é grande lucro em tirar vantagem dos mortos: eles não podem se defender. Que o digam os necrófilos (eu vou inserir uma piadinha horrorosa de humor negro em cada post deste detonado, fiquem de olho!).

Lutar contra o Pingüim é mais fácil que comer defunto em necrotério (pararapam-tshh): fique perto dele descendo a porrada até derrubá-lo três vezes. Depois afaste-se. Ele vai voar com o guarda-chuva (isso deve ser um soco no estômago dos fãs da Mary Poppins, mas tudo bem, eles merecem) e o helicóptero ali atrás vai começar a disparar pelo telhado. Acredite: se você colocasse um cachalote pintado como um alvo, com uma placa gigantesca que dissesse "ATIRE AQUI!" a sete centímetros desse piloto, a chance dele acertar seria bem próxima de zero. E quando digo "bem próxima de zero" me refiro a algum número negativo abaixo de -5%.

Não vai ser muito difícil se desviar dos tiros, acredite.


Passe algum tempo descendo a porrada no Pingüim e se desviando dos tiros do helicóptero, e logo, logo o Batman estará estufando o peito de orgulho, você estará se perguntando se não tem nenhum jogo mais desafiador à disposição e eu vou começar a achar que realmente escolhi um muito fácil.

E vamos pra próxima fase!


Tale Of The Cat

Certo. Depois de... de... ah, sei lá quantos dias eu passei procrastinando isso aqui. Foram muitos, mas chega. Tá na hora de tocar o barco adiante. Imagino que vocês estejam ansiosos para zerar o jogo.

A menos que já tenham zerado sozinhos ou que sequer estejam jogando. Mas duvido que vocês sejam capazes de algo assim, seja por incompetência, no primeiro caso, ou por companheirismo, no segundo (e não venham me dizer que já zeraram, ou que não estão jogando, malditos algozes; permitam-me um mínimo de ingenuidade na vida!).

Enfim. Vamos nessa.

Começamos a fase com Batman dizendo que não agüenta mais aquela merda de batcaverna, que tá um puta puteiro lá em cima e que ele vai sair pra pegar umas putas. Alfred, como uma boa tia velha, pede apenas para que ele não se esqueça de levar um agasalho e se alimente bem antes de ir para a rua.

Mas o Batman é praticamente um discípulo de Chuck Norris e não precisa levar agasalho nenhum. Aliás, o cara é tão bom, mas tão bom, que não precisa de qualquer tipo de equipamento. Deixe tudo aí e vá de mãos vazias, pra mostrar que você é machão.

Bom, quando finalmente temos a opção de jogar, o "mocergo" está no meio de um beco. Um ser humano normal teria que optar se sai pela frente ou pelos fundos do beco, mas não o THE BATMAN. THE BATMAN, como um legítimo exemplar do seleto grupo dos humanos fodônicos, resolve que quer ir PRA CIMA. Como ele não voa (eu tô dizendo, deviam colocar o Super-Homem nesse jogo!), o negócio é ir quicando de parede em parede. E cuidado com as saídas de ar. Parece que as grades rasgam as luvinhas de pelica do morcegay e ele não fica muito feliz com isso.

Chegando ao topo do prédio, Batman vê, ao fundo, a Mulher-Gato escalando um outro edifício. Com o orgulho ferido por ver que alguém fica bem melhor em roupas de couro do que ele e - ainda pior - consegue escalar um prédio com muito mais categoria, o rapazote resolve trocar uma idéia com essa mina forgada. Céirto?


Os dois se encontram em um elevador, onde o cruzado de capa já chega chegando.

- Aí, Mina-Gato. Firmão?
- Céirto, Batmano.
- Só nos pano, heim?
- É nóis.
- Diz aí, o que cê tá fazendo aqui nas minha quebrada?
- Oxe, mano. Vai cuidar da tua vida. Tô aqui dando uns rolê.
- Pareceu que tu tava trampando, só na correria.
- Nem. Só no lazer.
- Aí, mina, tá me tirando? Eu tô ligado que cê tá é dando uns güento nas parada dos mano burguês que mora na área. Boto fé que tá tudo mocado aí nos teus borso!
- Ih, nem é, ó. Cê chapou o côco, mano?
- Mina, de boa, já tô ficano com sangue nos óio. Vaza logo da minha quebrada antes que a casa caia p'cê, céirto? Queima o chão senão vô sentar a mão na sua cara.
- Oxe, mano. Se é assim, cai dentro, então.
- Então bora. E nem vai achando que eu vou te dar um boi só porque tu é mó mina de esquema.



Dar porrada na Mulher-gato é mole (aliás, acho que não tem nenhum chefe particularmente difícil nesse jogo): jogue um batarangue (ô nomezinho ridículo), dê uma voadora. Afaste-se. Jogue outro batarangue (a partir de agora chamado apenas de "aqueles bumerangues em forma de morcego com nome idiota"), dê outra voadora. Afaste-se.

Fique assim até o elevador chegar ao andar desejado. E lembre-se: primeiro quem está dentro sai, só então os que estão aguardando podem entrar. Tenham educação, crianças.

Antes de sair, ela se vira e diz:

- Apavorô, heim, mano?

Ela vai embora correndo, seguida pelo Mano das Trevas. Sem qualquer aviso, chega na beira do prédio e pula. Qualquer pessoa de juízo perfeito pensaria "Ih, já era!", mas essa não é uma descrição que possa ser aplicada a um ricaço que prefere torrar sua fortuna em apetrechos em formato de morcego e sair por aí espancando psicóticos a simplesmente resolver que os pais dele morreram, o que é uma pena, mas essas coisas acontecem, e usar suas reservas monetárias quase infinitas pra comer todas as supermodelos que tiver vontade.

Mas cada um, cada um.

Como um bom psicopata, Batmano resolve pular atrás da Mina-Gato. Durante a queda você terá oportunidade de socá-la várias vezes. Embora não exista a menor possibilidade de nocautear a mulher e acabar com essa palhaçada toda, baixar o cacete nela - além de confirmar certas teorias de Nelson Rodrigues - vai te dar pontos, que depois serão convertidos em vida, dependendo do nível em que você estiver jogando (eu tô no difícil, mas é pra quem pode - momento EGO do dia). Lembre-se de ficar atento quando ela estiver acima de você, para se desviar das investidas.


No fim você terá que se pendurar num mastro de bandeira com sua grapling gun. Não é exatamente fácil, nem é exatamente difícil, e eu não sou exatamente bom em definir as coisas, o que não é exatamente uma vantagem.

Os dois pousam no teto de um prédio próximo. Indignada, a Mina-Gato reclama:

- Aí, mano, sai da minha cola, céirto? Tô aqui na minha e tu tá me tirando de pivete? Ó como cê é!
- Eu disse pra tu dar um pinote, mina. Mas tu foi lá pra minha área afanar as parada dos mano. Agora agüenta.


Novamente, a guria abre o gás (não, nada a ver com flatulência). Já que ela passou a mão em pertences de manos considerados da quebrada de Gotham City, é seu dever MORAL dar-lhe um sacode!

Agora falando sério: essa cena de perseguição nos telhados com os holofotes é sensacional. Acho que uma das mais memoráveis de todos os videogames que já joguei. E não foram poucos!


Não existe perigo nenhum nesse trecho da fase, a menos que você seja um completo idiota, incapaz de identificar até mesmo os mais básicos rudimentos dos videogames, e não perceba que é necessário pular os buracos. E eu não consigo entender como um imbecil tão... furioso na arte da imbecilidade é capaz de chegar a esse nível (de imbecilidade E do jogo).

Ao fim dessa etapa, a Mina-Gato vai aparecer na saída de incêndio do prédio e descer pelas escadas. Antes de ir atrás dela, mude sua arma para o bata... ops. Foi mal. Como disse anteriormente, vou me referir a esse item, a partir de agora, apenas como "aqueles bumerangues em forma de morcego com nome idiota".

Então voltemos: mude sua arma para aqueles bumerangues em forma de morcego com nome idiota e só então siga a gost... ehr... a miserável até um beco, onde ela - realmente confirmando algumas teorias de Nelson Rodrigues - vai mandar logo a real:

- Aí, mano, cansei dessa putaria! Chega mais aí que tá na tua hora. Cê vai levar salva de bala na cara, paquito!


Lembra da estratégia de jogar um daqueles bumerangues em forma de morcego com nome idiota, dar uma voadora, se afastar, jogar outro daqueles bumerangues em forma de morcego com nome idiota, dar uma voadora, se afastar, e assim ad infinitum?

É só repetir. Não tem erro. Depois de... hm... uma porrada de golpes - eu ia contar, pra dar um número específico, mas são muitos e eu não sou doente a esse ponto - a luta acaba e ela cai desmaiada.

Agora aproveite-se do corpo inerte dela enquanto a polícia não chega.

Como esse é um jogo sem restrições de idade, obviamente essa parte vai ficar por conta da sua imaginação, seu maldito punheteiro. Vê se lava essa mão antes de voltar a tocar no controle, pelo amor de deus.

Próxima fase

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