sábado, janeiro 19, 2008

Mega Man X2 - Factory

O segundo jogo começa logo após o fim do primeiro. Embora aquele negócio de ficar parado na beira de um penhasco vendo a fortaleza voadora de seu inimigo figadal afundar no oceano enquanto explode como milhares de fogos de artifício seja muito bonito, muito poético, muito viril e muito Street-Fighter-II-Ryu-Win, é lógico que aquilo estava longe de ser o fim. Como todos nós já deveríamos ter aprendido com Rambo IV, Rocky VI e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, o capitalismo prega que enquanto uma franquia estiver dando dinheiro, devemos explorá-la até o tutano. Não interessa se você vai desenterrar um cadáver louvado há muito por um número incontável de fãs: é digno e justo estuprar o objeto de adoração das pessoas em prol do lucro puro e simples, fazendo supostas "seqüências" que não chegam aos pés do original.

George Lucas que o diga. Midclorians. Bah. Corno.

Felizmente Mega Man X2 não segue essa regra, ainda está dentro da faixa de segurança dos jogos do X. Faixa bem limitada, aliás, terminando no três e voltando a esboçar uma reaparição apenas no oitavo título da série. De todo modo, a história começa seis meses após a derrota de Sigma. Pouco mudou desde então. A revolta iniciada por Sigma terminou, mas X e a nova geração de Maverick Hunters ainda precisam destruir o resto dos seguidores do Sigma (o que é o mesmo que dizer que a revolta não terminou porra nenhuma).

Seguindo uma informação dada pelo Dr. Cain, X e os outros caçadores seguem os últimos Mavericks até uma fábrica abandonada de reploids, na esperança de, lá, dar cabo do que resta da resistência.

Logicamente eles não fazem idéia que a merda grossa ainda está pra voar contra o ventilador.

Factory

Então o jogo começa com você, no papel de X, um rapper esquecid... não, esse é outro X. Como eu ia dizendo, você, no papel de X, o Maverick Hunter, indo até a tal fábrica terminar de limpar a lambança feita pelo Dr. Cain, aquele pulha. Podia muito bem ter outros hobbies menos destrutivos do que criar robôs conscientes, armados até os dentes e rancorosos, mas não! Por que plantar bonsais quando você pode desenvolver novos métodos para dar cabo da humanidade?

Não que isso seja uma coisa ruim, claro.


Enfim. Você chega até a fábrica numa moto ligeiramente inspirada em Star Wars. E por "ligeiramente" eu quero dizer "semelhante pra caralho". Já começamos com ação de tirar o fôlego... se você ainda estiver preso no começo da década de 90, claro. Passe fogo no Maverick à sua frente, que merece crédito só por ter sobrevivido à porrada que levou da sua moto flutuante - esse é um cabra porreta!

Note que o tiro dele desvia suas meras bolotas de plasma. Note também que você não tem mais os upgrades conseguidos a muito custo no primeiro jogo. Note que não há explicação alguma para isso. Note como eu sou capaz de notar coisas que não mereciam atenção alguma. Note que a música é legal pacaraleo, mantendo o padrão iniciado no jogo anterior. Note que começar frases com "note..." é um recurso exaustivamente usado por este que vos escreve.

Dê cabo do bicho e entre na fábrica. Siga para a direita e você vai encontrar um maverick que tem como principal ataque se esticar e formar uma barreira na sua frente. Não é lá muito agressivo, mas tem sua eficácia. Porque, veja, se esse fosse um jogo em 3D, você só precisaria dar a volta. Mas, em 2D, isso pode ser um aborrecimento e tanto. Umas doses de plasma vão ensiná-lo a não ser tão inconveniente. Lembrem-se, crianças: o trauma constrói o caráter.

Logo à frente virão duas chaves de fenda com complexo de perereca, mais conhecidas como Scrivers. Passe pelas duas, acabe com mais uma barreira, outros dois Scrivers e, por fim, mais uma barreira. Pule para a frente, sem dash, já atirando. Assim você destrói o Mecha-Arm, essa criatura irritante voando aí em cima, esperando apenas você chegar perto para te ferir com contato, e cai no degrau seguinte em segurança.


Caia atirando (não pule, apenas caia) para o próximo degrau, destruindo o Mecha-Arm à espreita e pegando uma célula de energia grande. Parado na ponta desse degrau, note a quina de uma estrutura laranjada à frente. Pule para lá.

Não deixe o que quer que seja que esse carrinho multicolorido - que mais parece um trenzinho de parada gay - carrega toque em você. Dói, machuca e fere. É prudente não permitir que ele te carregue, também, já que vai te levar direto para o abraço desagradável dos Mecha-Arms.


Chegando ao fim dessa linha de produção, um enorme braço mecânico vai estar à sua espera. Deixar ele te pegar não é problema: não causa dano. Permitir que ele te jogue no poço de sucata, bom, isso pode ser meio desagradável. Quando ele te soltar, portanto, faça alguma coisa inesperada. Sei lá, que tal apertar o botão de pulo, por exemplo, enquanto segura o direcional para a direita?

Pode dar certo.

Escale a parede à direita até alcançar a escada apenas para encontrar um maverick com cara de safado esperando por você. Assim que te vê, ele sobe voando - e não é figura de linguagem! - e começa a puxar as duas paredes em direção uma à outra, mas não é com a intenção de remodelar o ambiente. Porque, apesar dessa pinta de fresco, ele não é exatamente um arquiteto. O que o cretino quer é te esmagar como se fosse uma barata cibernética.

Fugir desse ataque, pelo menos agora, não será exatamente uma tarefa de grande dificuldade, não, então faça o que tem que fazer e siga seu rumo.


Suba a próxima escada que encontrar (desculpe dizer isso, mas você não tem outra opção), siga pelo corredor vendo, ao fundo, as carcaças de robôs gigantes em construção e pensando "Porra, isso não pode ser boa coisa...". Caia no vão - se precisar, pule antes para o outro lado e pegue a duracell que espera por você lá - e se prepare para enfrentar um, OH! DEUS!, robô gigante.

...

Bah, tinha como ser mais previsível?

Essa luta é tão, mas TÃO difícil, que se você tiver a manha de tomar um teco que seja, merece ser zoado por todas as menininhas de 7 anos que pulam corda no seu bairro, seu zé-ruela. Pule para a plataforma da direita, passando sob o sovaco do Gigante Guerreiro Daileon aí e espere ele ir atrás. Encoste-se contra a parede e atire na cabeça dele até que ele morra.

Assim, ó:


Inevitavelmente o robô irá morrer, X vai pensar "Bah! Me mandam para uma missão de merda dessas, em vez de mandar um novato, que poderia tranqüilamente ter dado cabo desse problema. Maldito Dr. Cain, dando um jeito de me tirar do Quartel General só para me impedir de jogar WoW e upar meu personagem mais do que o dele. Cuzão." e retornar para o forte dos Maverick Hunters.

Enquanto isso, na sala de justiça...

Três criaturas sombrias e maquiavélicas, Serges, Violen e Agile, fazem planos malignos envolvendo essas coisas que todas as criaturas sombrias e maquiavélicas desejam (dominação mundial, aniquilação de toda a vida como a conhecemos, completar a coleção dos soldadinhos que vêm no Kinder Ovo, etc):

(SERGES)
Este é o líder deles. Seu nome é Mega Man X.


(VIOLEN)
Aqueles que o subestimaram agora não são nada além de sucata.


(AGILE)
Não vamos cometer o mesmo erro. Ele é poderoso, mas cego para o que acontece ao seu redor.


(SERGES)
Nossos Mavericks vão mantê-lo ocupado até estarmos prontos.


(AGILE)
Sim. Como vai indo o plano?


(SERGES)
A coleta segue como planejado. Entretanto, estamos tendo problemas com o chip de controle.


(AGILE)
Temos pouco tempo. Precisamos acabar a construção dentro do prazo. Precisamos nos apressar... Serges, você tem nome de viado!


(SERGES)
Viado é teu pai!


(VIOLEN)
Porra, me excluíram da conversa? Vocês estão me ignorando?


(AGILE)
Serges, ouviu alguma coisa?


(SERGES)
Nem. Bora tomar uma breja?


(AGILE)
Vamo nessa, a budega do bigode ainda tá aberta.


(VIOLEN)
Ei, vocês vão me deixar falando sozinho? Ei! EI!

...

Putos.


Após essa cena, um tanto comprida demais para o meu gosto, você será conduzido ao mapa, para escolher qual dos mavericks quer visitar para jogar um carteado, tomar um chá, conversar sobre o tempo e, eventualmente, sair na porrada.


Sinceramente, eu não sei por que inimigo você deveria começar. Eu acho que todos são escrotíssimamente difíceis pra caralho de encarar só com o X Buster. Cada FAQ que eu pesquisei, tentando chegar a um consenso, começa por um inimigo diferente, então eu resolvi que iria começar pelo primeiro no topo, à esquerda. Não apenas porque ele está no topo e à esquerda, mas porque, sinceramente, ele é o menos propenso a te matar de raiva e te causar LER.

Sendo assim, a ordem será a seguinte: Wire Sponge, Wheel Gator, Bubble Crab, Flame Stag, Morph Moth, Magna Centipede, Crystal Snail, Overdrive Ostrich. É possível dar uma modificada nessa ordem, começando pelo Overdrive Ostrich, mas é meio xarope matá-lo tendo só o X-Buster. Caso haja qualquer modificação no plano de vôo durante o trajeto, senhoras e senhores, este comandante fará questão de informá-los prontamente.

Enquanto isso não ocorre, Wire Sponge que nos aguarde!

Próxima fase

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