sexta-feira, janeiro 12, 2007

Mega Man X - Boomer Kuwanger

Sinceramente, espero que até aqui você já esteja bem acostumado aos controles e tenha desenvolvido bem sua coordenação motora, porque estamos em uma fase na qual um bom domínio do controle pode se fazer necessário.

No (maldito) level do polvo pegamos mais um Heart Tank e a contagem atualizada fica assim:

UPGRADES:
Capacete.
X-Buster.
Botas.
Armadura.
Especial.

HEART TANKS: 5/8

SUB TANKS: 3/4


Boomer Kuwanger


Apesar de ser meio madrasta em certos pontos, essa fase é bem mais divertida do que a última. Não que isso seja difícil, claro, mas é sempre bom lembrar que já passamos pelo pior. O level é uma torre, então prepare-se pra escalar paredes e subir escadas. Aliás, comece fazendo isso: suba três escadas até ver um daqueles infames refugos dos Power Rangers. Ele está em uma plataforma pouco acima e à esquerda da sua e há uma escada sobre ele. É pra lá que você tem que ir, mas antes precisa eliminar o maverick inconveniente no seu caminho. Aproxime-se da ponta da sua plataforma e ele vai lançar a bola com espinhos que tem na mão. Assim que ele começar o movimento de arremesso, dê um dash e volte para perto da parede. Pule e atire enquanto o infeliz estiver indefeso. Repita a operação até vê-lo explodir em milhares de pedacinhos. Grite "FIRE IN THE HOLE!", congratule-se por ser nerd a ponto de lembrar de Counter Strike enquanto joga Mega Man X, ria de mim porque na verdade quem fez a conexão fui EU, pule para a plataforma agora segura, suba aquela escada e dê continuidade à sua vida.

Ok, tá vendo aquela porcaria rosa na parede? Se chama Dodge Blaster e tem a irritante mania de desviar dos seus ataques. Sim, ele é rápido o suficiente pra fazer isso. E não, não é muito esperto, então é possível enganá-lo, que é o que vamos fazer. Pule nessa plataforma no meio da torre, a meio caminho de onde ele está. Atire nele assim que o bicho começar a carregar o tiro. Nesses momentos ele não esquiva, o que nos dá mais um Maverick pulverizado.

Vaporize também o outro, escondido atrás do ex-power ranger (me recuso a chamar esses bichos pelo nome real, até porque é muito grande: Shielded Spike Throwers). Então dê um dash e salte por cima do SST. Enquanto você executa este belo movimento, desafiando as imensuráveis e universais forças da gravidade e demonstrando grande virilidade, o trouxa vai tentar te atingir onde você ESTAVA, não onde você ESTARÁ, abrindo a guarda e te dando tempo pra bohrimiá-lo. Pelas costas.

Mas a culpa não é sua, ele é que deveria ter virado de frente para você.

Use a parede para alcançar a escada, esmigalhe o Dodge Blaster com uma dose de plasma quente (redundância?) e continue pelo corredor logo acima. Mantenha três coisas em mente nesse trecho, criança:

1) Virão do céu robôs chatos pra cacete cuja a finalidade ÚNICA é te atazanar enquanto você se esfalfa pra não disparar os alarmes do corredor.

2) Os alarmes do corredor são esses sensores verdes ligados por raios vermelhos que eventualmente ficam azuis sem raio nenhum. Se você tocar nos raios vermelhos, aquelas geringonças azuis flutuando despreocupadamente vão te dar salva de lasers na cara.

3) É impossível matar as geringonças azuis, mas não os robôs chatos pra cacete cuja finalidade única é te atazanar.


Então espere o primeiro sensor ficar azul. No breve período de tempo em que isso acontece, dê um dash e passe por ele em segurança. Salte, escale e pare em cima da geringonça azul à sua frente. Com um dash, caia na parte mais elevada do chão, logo antes do sensor. Quando o raio vermelho sumir, dê um dash e um salto. Tente parar ainda nesse nível mais alto. Quando os sensores à frente ficarem azuis, dê outro dash e passe sem problemas para o outro lado.

Escale a plataforma à frente e pare bem na beirada, tocando apenas no sensor. Isso não dispara os lasers das geringonças azuis. Espere o raio vermelho dar aquela saída clássica pro cafezinho, dê um dash e vá embora desse lugar maldito. Tudo isso, claro, enquanto mata os robôs pentelhos vindos do céu.

Suba a escada no fim do trecho, acabe com o Bomb Puffer, suba outra escada, depois outra, mate outro Bomb Puffer, etc, etc, etc. Enfim. Serão 6 lances de escada e 4 Bomb Puffers pra você se divertir. Seja feliz. Depois disso siga pelo corredor e embarque no elevador.

Notou os espinhos nas paredes? Se tocar ali você não morre, mas toma dano.
Notou os espinhos sob as plataformas? Se tocar ali você nem toma dano, morre direto.


Pra melhorar a equação, Helidroids - aqueles Mavericks que causam dano por contato físico - virão de cima da tela EM SUA DIREÇÃO. Lembra que eu mencionei coordenação motora? É agora que essa habilidade se faz importante. Siga direto pra extremidade direita do elevador, tomando cuidado pra não tocar na parede. Quando digo EXTREMIDADE direita quero dizer que é à EXTREMA direita mesmo, a ponto de passar em segurança pelo lado direito da primeira plataforma. Mate o primeiro Helidroid - ou deixe-o passar inofensivamente por você - e vá seguindo para o meio do elevador enquanto duas outras plataformas passam à sua frente. Então dê um dash para a esquerda. Um para a direita. Outra para a esquerda. Outro para a direita. Fique novamente na extrema direita do elevador e o último Helidroid vai passar ao seu lado sem te causar problemas.

Assim que ele ficar pra baixo dê outro dash para a esquerda. Quando duas plataformas passarem, a próxima virá sobre você, então caminhe calmamente para a direita. Se fizer tudo certo, o elevador vai chegar ao seu destino sem que você tenha sofrido sequer um mísero ponto de dano. Saia do elevador pela direita (única direção possível, dã!), suba a escada, use a parede pra alcançar a próxima plataforma e ao subir nela repare que há um buraco na parede. Uma viga de metal com um canhão vai aparecer por aí. Então escale rapidamente a parede e, quando a viga começar a sair, dispare alucinadamente na direção do buraco. Com sorte esse seu ataque histérico vai destruir o maverick.

Da viga salte para a próxima escada e vá seguindo seu caminho torre acima. Em alguns pontos você encontrará bichos nas escadas. Mate-os antes de tentar subir (eu nem deveria dizer isso, pois é bem óbvio, mas digo). Em outros você sequer precisará das vigas para alcançar as escadas, um dash+pulo será suficiente. Em outros ainda será preciso passar por duas vigas com canhões antes de alcançar a escada.


Confio na sua habilidade, caro beócio, e acredito que por fim você chegará à outra entrada para a torre. E vai ver o Heart Tank sobre uma plataforma acima dessa abertura. Não, não é possível alcançá-lo ainda. Depois de matar o chefe dessa fase, volte a ela, passe mais uma vez por toda a encheção de saco que teve que aturar até aqui e então poderá usar a arma do recém-morto Kuwanger para recolher seu prêmio.

Por enquanto tenha paciência e siga em frente.

Mate o Gun Turret sobre a plataforma flutuante, use-a para alcançar a plataforma à esquerda, salte então para a da direita, mate outro Gun Turret e use novamente o lugar onde ele estava para atingir o nível superior. Salte para a plataforma à direita, suba a escada até poder matar o próximo Gun Turret mas NÃO VÁ ATÉ O FIM. A menos que queira ser feito de palhaço por um Dodge Blaster.


Quando a paradinha flutuante (cansei de repetir a palavra "plataforma") na qual o Gun Turret estava se aproximar, salte sobre ela e suba no... no... diabos de palavra sem sinônimos... no pedaço de chão preso do lado esquerdo da parede. Fique bem à esquerda e os tiros do Dodge Blaster não vão te atingir. Os seus, ao contrário, chegarão a ele sem problema. Acabe com o canalha. Aproveite e mande pro ferro-velho o outro Gun Turret. Suba a escada.

Preocupe-se primeiro em detonar o Dodge Blaster. Depois o primeiro Gun Turret. Depois o segundo. Ignore o do teto (ou mate-o, se seus instintos assassinos implacáveis não permitirem que você mostre clemência a um adversário), suba a escada, arme-se com o Homing Torpedo e vá dar uma sova no Boomer Kuwanger.


Se você, como eu, tem medo de desenvolver uma tendinite das brabas e prefere evitar a fadiga, não existe qualquer razão para entrar em combate corpo-a-corpo com o Boomer Kuwanger. Simplesmente escale a parede à esquerda (ou à direita, se você for supersticioso) e mantenha-se disparando seus mísseis. Não se preocupe em se desviar dos ataques que porventura ele lance na sua direção. É um modo fácil e garantido de vencer essa batalha, sério. Antes que você seja capaz de soletrar "pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico", ele estará morto.

Claro que também é possível lutar de maneira mais honrada, fazendo de tudo para preservar intacto o seu life. Mantenha-se no canto esquerdo da tela disparando mísseis que irão atingí-lo mesmo quando o cretino tentar se teleportar. Caso ele arremesse um bumerangue, desvie-se saltando e subindo um pouco pela parede. Se o sujeito se aproximar demais, cuidado: ele pode querer te segurar com os chifres pra te arremessar no teto. Então, quando começar a ficar encurralado no canto, dê um tiro no inimigo, salte sobre ele, siga para o lado oposto da tela e retome o método.

Apesar de mais trabalhoso, esse método também não é nada difícil.

Com mais esse cruel homicídio você vai ganhar uma nova arma: Boomerang Cutter. O pior pesadelo do Sting Chameleon.

Próxima fase

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quinta-feira, janeiro 11, 2007

Comentários

Seguinte: troquei o sistema de comentários. O sistema do blogger até que era bacana, mas o bloqueio era muito oito ou oitenta: ou eu moderava TODOS os comentários ou não moderava nenhum e os spammers ficavam livres pra encher o saco nos posts antigos.

O Yaccs de vez em quando dá umas ratadas e manda pra moderação comentários legítimos, que não têm nada de errado. Mas, no geral, o sistema é muito bom (tanto que está em uso por mim há mais de quatro anos), sem contar que agora você não precisa estar logado no blogger pra ser automaticamente reconhecido.

A grande perda é que os comentários feitos por vocês infelizmente desapareceram. Não há como migrá-los pro novo sistema. Não deletei nenhum, porém. Estão intactos no blogger.

No mais, sem mais. Tentei mudar um pouco a aparência do blog, o resultado me pareceu uma porcaria, então fica assim mesmo até bater a disposição de fazer mudanças.

P.S.: Amanhã sem falta o detonado do boomer Kuwanger estará aqui. O texto já está pronto, só faltam os screenshots.

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Mega Man X - Launch Octopus

Vocês vão perdoar minha demora com a continuidade desse detonado, até porque há uma explicação bem simples para tão prolongado período de silêncio: eu ODEIO essa fase. Dicumforça.

Além do level ser um porre, o chefe não fica nada atrás. Daí a relutância em escrever o texto. Não queria que esse trecho soasse rabugento e reclamão, mas não sei se é possível fazê-lo de outra maneira, considerando meu estado de espírito durante o jogo. O que não tem jeito não tem jeito, porém, e se é pra jogar, joguemos.

Mas antes vamos verificar nosso controle de evolução. Na última fase pegamos um Heart Tank E um SubTank, o que nos deixa na seguinte situação:

UPGRADES:
Capacete.
X-Buster.
Botas.
Armadura.
Especial.

HEART TANKS: 4/8

SUB TANKS: 3/4

Estamos progredindo, estamos progredindo. E já que o Polvo Lançadeiro resolveu se colocar entre o cano fumegante da X-Buster e a cara de besta do Sigma, é hora dele experimentar umas bolas de plasma no peito pra ver se curte a sensação.


Launch Octopus


Antes de mais nada, agradeça a deus, vishnu, krishna, google, o patinho bwubwula ou qualquer merda na qual você acredite por ter o Storm Tornado em mãos durante essa fase. Cara, essa arma aqui é uma mão na roda!

Logo no início você vai se deparar com uma Water Spider. Esses bichos sabem ser chatos, mas não devem incomodar muito. Passe fogo no pulha, arrebente o Bomb Puffer mais adiante, acabe com a raça da outra Water Spider e então de mais um Bomb Puffer. Usando o Storm Tornado você deve precisar de uns dois tiros pra bohrimiar todos esses bichos isso.

Caia novamente na água, mate OUTRA Water Spider, salte os espinhos, acabe com mais uma, siga pelas plataformas e então caia novamente na água. Desça dois níveis e você vai perceber algumas bolhas saindo do chão. Se estivéssemos jogando SONIC isso seria um ótimo sinal, mas o jogo é Mega Man X e isso significa problema. Dois "Gulpfer Spinning Sea Horses", que vou chamar apenas de Cavalos Marinhos, só pra não ter que digitar esse nome imenso, vão sair do chão, parar na sua frente por alguns segundos, depois voltam a girar e tentam te atingir. Atire contra o que estiver embaixo e ignore o outro. Passe por baixo dele, mate outro desses cavalos marinhos logo à frente (sempre o de baixo), caia em um desnível e lá vem outra leva desses bichos saindo de baixo de uns espinhos. A diferença é que agora virão três em vez de dois, mas isso não deve dificultar sua vida. Mate os dois de baixo, salte os espinhos e siga assim, acabando com os cavalos marinhos inferiores e ignorando os superiores.

Após um desnível mais acentuado com um poço de espinhos ao fundo você vai encarar o primeiro - e insuportavelmente XAROPE - subchefe da fase. O primeiro de QUATRO, diga-se de passagem. Comece destruindo aquele... aquele... "apêndice" que mais parece um olho, bem na frente do submarino. A partir daí, tudo o que você tem a fazer é prestar atenção nas enguias que ele vai soltar de tempos em tempos. Eu achei mais fácil acabar com ele usando a arma do Mandrill, Electric Spark, mas vai do gosto de cada um. O Storm Tornado também é uma boa pedida, até porque aniquila as enguias que ele solta ANTES que ele as solte. Porque precaução é isso aí!

Se em determinado momento ele começar a te sugar pra perto dele - o miserável quer te causar dano por contato - PULE enquanto aperta pra esquerda. Seu pulo dentro da água é sensivelmente mais alto do que fora dela e vai te tirar do alcance do "ataque chupador".

Espero que seu life não esteja muito deteriorado depois dessa briga, pois os inimigos dessa fase são excessivamente avarentos com células de energia. Siga em frente, salte o poço de espinhos e não se preocupe com os peixes sugadores. Pode se deixar engolir sem medo, pois o ataque só causa dano se você ficar parado dentro da barriga do bicho. Então dispare sem dó assim que o vácuo começar a te puxar e você vai estourar o peixe antes que ele possa te fazer qualquer mal.


Logo depois desses peixes há outro desnível acentuado com um poço de espinhos ao fundo. E justamente em um ponto muito arriscado da fase - numa pequena plataforma com poços espinhos dos dois lados - você vai encarar o segundo subchefe. Sim, outro submarino chupador. A estratégia - se é que podemos chamar assim - pra acabar com ele é igual à usada pra matar o outro, com a diferença que você vai precisar de muito mais atenção com os ataques a vácuo. Ah, e esqueci de mencionar isso na luta anterior, mas ele também EMPURRA com os jatos de ar.

Boa sorte. Você vai precisar.

Seguindo adiante há uma trapizonga no chão que gera um redemoinho azul que pode ser usado pra atingir a superfície da água. Não encontrou a parada? Tsc. Marmota. Volte para o lugar onde enfrentou o segundo subchefe. Seguindo para a direita a partir dali, ao fim do primeiro declive do terreno. Fique parado bem aí e logo você verá o tal redemoinho. Vá apertando pulo para chegar ao fim dele, suba na plataforma boiando sobre a superfície da água, pegue a pilha alcalina que deixaram pra você aí e mergulhe de novo.


Ignore o próximo troço que faz remoinhos, mas use o seguinte para subir na embarcação em formato de baleia e destruí-la. Um único tiro do Storm Tornado naquela bolota azul que parece o olho dessa coisa acaba com ela rapidamente. Cuidado com os Sky Claws e as bombas que o barco mantém disparando para o alto. Quando ele explodir e começar a cair, permaneça onde está até atingir ponto mais fundo do oceano. Passe pela pequena abertura à direita pra encontrar o terceiro subchefe da fase, dessa vez de uma espécie diferente.

Você precisa evitar contato com duas partes do corpo da enguia: a cauda e a cabeça. Justamente os dois pontos que devem ser atingidos pelos seus tiros. Só pelo prazer de ser chato eu gosto de subir no corpo do bicho e ficar sobre ele até matá-lo. É fácil: tudo o que você tem a fazer é manter uma distância segura da cabeça e, assim que ele começar a se virar na sua direção, salte em segurança pra um pedaço do corpo que já tenha mudado de rumo.

Se você for bundão e não gostar de emoções fortes também pode ficar no chão disparando contra a cabeça e o rabo, enquanto evita o contato físico com o bicho. A escolha é sua.

Mais um bicho particularmente sensível ao Storm Tornado. Começo a achar que essa é a melhor arma do jogo. Depois de bohrimiar a enguia, siga para a direita e pegue seu merecido Heart Tank. Agora temos cinco, só faltam três.


Saia daí, escale a parede à direita do barco naufragado e continue sempre em frente. Pode ignorar a trapizonga rodamoinhenta que vai estar na sua frente assim que você sair do buraco. Siga pelo terreno acidentado e salte o pilar que mais parece um termômetro. É aqui que você vai encara o quarto - e último, finalmente - subchefe. Outra enguia daquelas. Mas essa daqui desenvolveu a irritante mania de se esconder sob a terra e surgir debaixo de você, então fique ligado sempre que começar a surgir nuvens de poeira sob seus pés. Se você se mantiver sobre as costas do bicho, ele não terá como se esconder no solo, o que torna essa a minha estratégia preferida.


Mas se o seu negócio é complicar em vez de simplificar, fique no chão atingindo a cauda e a cabeça dela todas as vezes em que a enguia tentar te atingir ou quando ela mergulhar contra o solo. Vai levar muito mais tempo, mas se você não tem pressa pra arrebentar o Polvo Lancento e sair de uma vez desse inferno, quem sou eu pra te acelerar? Tome o tempo que for necessário, eu espero.

...

Matou o treco? Ok. Passe pelo próximo pilar, mate os três peixes sugadores adiante, arme-se com o Rolling Shield e vá encarar o chefe de uma vez por todas.


Enquanto você ainda tiver munição pro Rolling Shield, haja o que houver, NÃO FIQUE LONGE DESSE MISERÁVEL. Mantenha-se perto, disparando sem parar. Seu life talvez sofra um pouco mas, creia-me, o dele vai sofrer muito mais. Cuidado pra não ser sugado quando ele criar um redemoinho e use o dash pra fugir disso como o diabo foge da cruz. Assim que o pústula colocar os pés no chão, aproxime-se de novo e continue o fogo pesado.

Se por acaso o seu Rolling Shield acabar, passe para o Storm Tornado e mantenha o fogo cerrado. Se até essa sua arma acabar, volte para o X-Buster e inverta a regra: NÃO CHEGUE PERTO DESSE MISERÁVEL. Fique atirando sempre à distância, ou você não vai encontrar tempo pra se desviar das piranhas teleguiadas que ele solta. Essa vai ser uma briga suja, chata, demorada e sangrenta, mas lembre-se: você tem três Sub Tanks. Use-os sabiamente, paddawan, e a força há de prevalecer.

Quando esse polvo cretino FINALMENTE explodir, você vai ganhar o Homing Torpedo. Para o Boomer Kuwanger, a Personificação de Tanatos.

Próxima fase

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

Superman Returns

Eu confio na Electronic Arts.

(Calma lá. Não comece a questionar essa minha afirmação ainda. Continue lendo o texto, deixe para retorquir depois.)

Boa parte dos jogos da EA que conheço são dignos de menção honrosa na minha galeria dos "Meritórios", quando não na dos indispensáveis. The Sims 1 e 2, os atuais lançamentos da série Need For Speed (underground 2 em especial), Battlefield, Splinter Cell, Half Life 2, Medal of Honor, Command and Conquer, etc, etc, etc. Isso pra não mencionar Sim City, que vem sendo minha menina dos olhos dos games de computador desde meu primeiro contato com um Pentium 166. Põe uma década nisso aí, pelo menos.

Confio na EA Games desde então. Não tinha quaisquer desapontamentos com os lançamentos da empresa até comprar, semana passada, um dos mais recentes jogos produzidos por eles - que esperei ansiosamente, diga-se de passagem, mais até do que o filme: Superman Returns.


Deixe-me ressaltar um ponto que julgo ser importante para tornar essa crítica o mais confiável possível: desde o momento em que tomei conhecimento do jogo (por intermédio de um trailer disponível no site do game, aquele de 20.2mb, o último da lista) minha postura com relação a ele foi de extremo otimismo. Acredito sinceramente que o Super-Homem é um dos heróis com maior potencial pra render um ótimo jogo e tinha esperanças de que a indústria dos videogames FINALMENTE havia percebido o fato. Esperava que pelo menos os caras da EA Games, sempre tão inovadores e criativos - ao contrário do povo da Sierra, cuja especialidade parece ser copiar o trabalho alheio - fossem se dar conta das infindáveis e divertidíssimas possibilidades que o azulão carrega consigo e que, com a tecnologia atual, poderiam ser satisfatoriamente encarnadas em um jogo.

Consigo ouvir Lex Luthor, na voz de Kevin Spacey, rindo da minha inocência e dizendo "Seu tolo crédulo e ingênuo!". E tem razão, o maldito careca.

Começarei a análise tratando dos dois aspectos favoráveis do jogo. Fiz uma lista aqui na minha caderneta, enquanto jogava e me contorcia de ódio, e admito que não foi fácil pensar em prós, considerando que só os contras me saltavam aos olhos.

A sacada genial do jogo - alguma haveria de ter - é a barra de energia de Metrópolis. Convenhamos: o escoteiro é um dos super-heróis mais apelões de que se tem notícia. Estabelecer um limiar de dano para ele é como fazer um jogo sobre deus e limitar seus poderes. Existem outras maneiras de explorar as fraquezas do personagem e os desenvolvedores da EA games souberam fazer isso muito bem. Você pode tomar quanta porrada quiser, mas é bom ficar de olho nos danos que a cidade está sofrendo, é isso que determina seu sucesso ou fracasso.

Todos os poderes do kriptoniano estão lá: supervelocidade, supersopro, visão de calor, sopro congelante, vôo super-rápido, super-força e por aí vai. Não que a super-força seja lá de grande valia, mas explicarei as razões dessa afirmação mais à frente.

Os gráficos são - como era de se esperar - lindos. Sério, sem eufemismos aqui. São lindos, Metrópolis é absurdamente real com suas ruas, avenidas, arranha-céus, praias, colinas, praças, veículos e cidadãos. O céu é um espetáculo à parte e voar entre os prédios durante o pôr-do-sol é realizador para os pobres mortais que - como eu - sempre acharam que voar ignorando completamente as leis da gravidade era o superpoder mais legal que alguém poderia ter.

O jogo é lindo, enfim. Se o que você quer é exibir beleza, se você quer um game pra andar de mão dada no shopping e God of War e Shadow of The Colossus não estiverem disponíveis, leve Superman Returns e ele não vai te decepcionar.

Quando mencionei que meu sonho é experimentar a sensação de voar à vontade, sem empecilhos, não estava brincando e era o mínimo que esperava. Até nisso, entretanto, ele me decepcionou. Em primeiro lugar porque a jogabilidade não está um lixo, mas é bem ruim. Vai levar um bom tempo até que você consiga voar de forma competente por dentro da cidade. Se é que vai conseguir, com todos os incidentes se sucedendo interminavelmente. Exatamente: você é escravo do jogo. As missões vão surgindo uma depois da outra, sem te dar tempo para respirar, apagar veículos incendiados ou socorrer cidadãos feridos.

Esse é, aliás, um dos pontos que mais me irritou: não sei quanto a vocês, mas o bom-senso me diz que se alguém for fazer um jogo tridimensional com uma enorme cidade à disposição para ser explorada, nada mais justo do que dar ao jogador TEMPO para explorá-la, enchê-la de side quests e deixar os gatilhos à disposição do personagem. Ele decide se quer acioná-los ou não. De que vale criar becos, vielas, avenidas, ruas, cruzamentos e edifícios e impedir o personagem de esmiuçá-los? Mais importante ainda, pra quê fazer tudo isso se a interatividade com o cenário for, na melhor das hipóteses, NULA?

Não existe nada a se fazer no jogo além de seguir a história. Aliás, minto: existe, sim. Você pode sair caçando os 100 gatos escondidos pelo mapa. E só. Também pode pegar pedestres, postes, carros, o globo no topo do Planeta Diário e garotos-propaganda gigantes no topo de lanchonetes. Por isso sua super-força é inútil. Nada disso tem qualquer relevância para o jogo, porém. Serve só pra te distrair do fato de que não há nada pra ser feito no jogo além de descer a porrada em vilões.

Ah, é. Os vilões. O primeiro que você enfrenta, por um período que parece interminável, é o Metallo. Quando ele não está presente e a batalha é apenas contra os capangas é preciso uma boa dose de paciência. Todas as missões parecem ser a mesma. A variedade de adversários é ínfima. Quando Metallo finalmente aparece, vira-e-mexe exala uma aura de kriptonita que o torna invencível. Nesses momentos é impossível atingí-lo de qualquer forma: visão de calor, supersopro, carros arremessados... É preciso esperar que o jogo desligue esse recurso altamente apelativo para poder retomar a batalha contra o vilão. Enquanto isso você tem que voar pela cidade, deixando a segurança de Metrópolis ao deus-dará. E a barra de energia da cidade não dura muita coisa.

Ainda não cheguei a zerar Superman Returns simplesmente porque jogá-lo me força a fazer uso de toda a minha (baixa) reserva de paciência. Me contorço de raiva ao ver que todo o potencial do personagem, somado ao dos desenvolvedores da EA, rendeu apenas isso: um game tão bonito quanto tedioso, cuja única possibilidade é cumprir missões repetitivas contra inimigos repetitivos.

Apesar de tudo, ainda confio na Electronic Arts.
Mas com ressalvas.

Se você viu o filme - outra porcaria, aliás -, deve se lembrar de Jor-El dizendo "Eles podem ser um grande povo, Kal-El. Eles querem ser". Com esse jogo é mais ou menos a mesma coisa. Eles poderiam ter feito um grande game. Queriam fazer.

Infelizmente, para os fãs, faltou capacidade pra tanto.

(Texto postado originalmente no meu outro blog)

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